domingo, 30 de setembro de 2007

BECO


Nunca procurei o sempre em permutas
Debaixo de cobertas e travesseiros
O estupor de sempre encontrar o nunca
Diante do sombrio espelho que vejo

Traidora condenação ao vazio
De uma miragem, de um reflexo
Anexo oscilante e desconexo
Que me deixava com frio

Eu tentei achar e por ventura
Nenhum retrato ou gravura
Disse prosa alguma
Caso que prova ou açoita

Mas numa noite doida
Minha alma absorta
Entendeu a porra toda
Que decepava minha fulgura.

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