sábado, 29 de setembro de 2007

BIGATO

Se bebo? Degusto elixir dos deuses
Mortos todos estamos
Achas você em lugar algum
Saber difícil de um ventre que te contam
Quantos anus permeiam seu eu
Até antes do eu placenta?
É... sim, você se foi quando bolsa estourou
Mergulhado em sangue ateu
Livrou-te da fogueira, agora cospe álcool?
Ingrata tua senhora dor que nem sentiste
Corra, fuja, larga isso criatura
E vem criar nosso ninho
Antes que alguém saiba que estamos mortos
Podem eles jogar terra
Não sentem o bigato corroer-te entre os dentes?
Entes queridos mais que nossas poses
Vômitos para o alto, por diversão
Só para engolir-vos de novo
Mas venha senhora dor dos invejosos
Venha me atrair para teu sono eterno dos vivos
Que eu mostrarei a vigília de meus corações defuntos
Vá logo e deixe seu bigato pra depois
Conheço outros pratos suculentos e nojentos.

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