sábado, 29 de setembro de 2007

DILÚVIO


Lágrimas de nossos tempos inexistentes e contemporâneos que prometeu, prometeu, prometeu... Sol pra nossas almas e saliva dos céus para nossos indesejáveis contratempos e contrapontos, mas é tempo de antepor o ponto contra o desejo de mera coincidência... promessa... então, chove chuva sem chover chuva sem parar , abra os braços e engula a saliva dos olhos que está no ar, líquido inflamável que outrora era sol. Corre, corre e vai soar, as fagulhas físicas da boca do ego-trovão que ateia fogo na teia de seu espírito nobre coração vulcão de tempos adormecidos... segredos... segredos... no gelo... no gelo... que esfria... derrete... derrama... lateja... goteja... remete ao derrame latente do elo da natureza que vem e que volta, mas quando volta, desaba e desabafa, goteja, no mormaço envolto a gritos estrepitosos, lateja, a terra, semeiam a permuta puta de todos os incestos, por tantos, entre tantos e nós em tantos, abriremos os braços, libertando todos os nossos pecados.

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