sábado, 29 de setembro de 2007

LOUCO ATEU


Louco, louco sem promessas eu sou
Minha fonte de vida, ah meu deus!
E meus dias contados em ser ateu
Teu crepúsculo delirante
De sonhos navegantes
No ceticismo de um mundo
Encontro o desencontro junto
E justo imparcialmente me sufoca
Na toca do pensar, a calúnia do testemunho
Pra não sentir acuado em teu coador
Filtro de insanos retiros
A que submeto longínquo
Infringindo toda lei parcial
De minhas crenças subumanas
Nesse subsolo de dúvidas
Planto minhas verdades agnósticas
Pra terra nunca esquecer
Minha existência sob custódia
Da liberdade imposta
Imposto que pago e apago de meu ser
Num desmaio provocado
Na impaciência da busca do meu ver
Navegando sonhos e remando ilusões
Mergulho erigindo certas loucuras
Calejando as linhas passadas e futuras.

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